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Economista do Dieese/SC analisa reforma trabalhista de 2017

  • Foto do escritor: spjjorufsc
    spjjorufsc
  • 3 de abr. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de abr. de 2023

Para especialista, mudanças aumentaram o empobrecimento dos trabalhadores

[Matheus Bastos]


José Álvaro Cardoso, economista do Dieese| Foto: Agência Alesc


O empobrecimento da classe trabalhadora, a desestruturação do mercado de trabalho e a queda real dos salários têm relação direta com as novas normas de relação de trabalho. “Acho que não existe período na história do Brasil com um processo de empobrecimento tão rápido. Não existe registro nas contas nacionais”, enfatiza José Álvaro Cardoso, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Para o especialista, a reforma trabalhista de 2017 suprimiu diversas garantias da classe trabalhadora, aumentando a precariedade, incerteza e insegurança.

Aprovada no Congresso Nacional no governo de Michel Temer, a reforma causou prejuízos com a redução de investimentos no campo da assistência social, especialmente para as pessoas mais necessitadas. As alterações realizadas na Previdência Social, a partir do aumento do tempo de contribuição e redução da remuneração líquida aos aposentados e pensionistas também são lembrados pelo economista como um destaque negativo. “A situação só não é mais incivilizada no Brasil por causa da Previdência”, afirma, ressaltando a necessidade de um sistema que garanta a todos aposentadoria, pensões, seguro-desemprego, entre outros direitos.

José Álvaro aponta outro dano causado pela reforma de 2017: o fim do imposto sindical, criado na década de 1940, e que ajudava na manutenção e sobrevivência de entidades de classe. Segundo o economista, “uma estrutura fundamental é a organização sindical com todos os seus defeitos”, pois é ela quem consegue lutar de forma incisiva pelos trabalhadores.

Sobre as discussões de uma possível nova reforma trabalhista, prometida na campanha eleitoral do candidato Lula da Silva, o economista relata que, mesmo com as pressões do capital, a tendência é de melhora para a classe trabalhadora e para o movimento sindical. Ele acredita que o histórico de Lula e a origem de seu ministro do Trabalho - Luiz Marinho -, um ex-sindicalista, podem contribuir para um cenário melhor. Mas adverte: o empresariado se mostra flexível em diversos aspectos, mas não abre mão de seus lucros e vantagens.


 
 
 

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